segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

CRÔNICA WILSON BUENO - Luiz Andrioli

A idéia de trabalhar com o cronista Wilson Bueno nasceu  a partir desse vídeo sobre o escritor que o jornalista Luiz Andrioli fez em ocasião de sua morte.
É uma bela crônica!

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Thainara Pereira Marques

Nesses Estudos sobre o Wilson Bueno, eu aprendi muito sobre crônicas e sobre a vida dele também.
Aprendi a ler mais e a me interessar por literatura.Eu e o meu grupo trabalhamos sobre o Livro "A copista de Kafka" na história de "O lenhador".. Logo nas postagens antigas tem uma postagem nossa com um slide que fizemos sobre ele.

Eu agradeço ao Wilson Bueno por me proporcionar momentos tão incriveis lendo uma história dele *-*



Aluna:Thainara Pereira Marques

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

O que é a solidão?



Li hoje, lá no Cartunista Solda, uma crônica do Wilson Bueno falando da solidão. Interessante ponto de vista, a terra com gente saindo pelo ladrão, e a gente se sentido solitário. Fala do barulho das cidades, e de como Curitiba fica “barulhenta” no feriado. Leia. Depois ouça a recomendação dele para estes dias quando a solidão aperta.
Em esclarecedor livro de entrevistas com o Dalai Lama, um sábio em toda extensão da palavra, o escritor francês Jean-Claude Carrière pergunta, entre outras, o que ele acha da solidão. E o líder espiritual do Tibet, no exílio, apesar de solteiro por imposição religiosa, e também por imposição religiosa com larga experiência monástica, obrigado a grandes períodos de isolamento, sorri e conclui, com cortante lucidez: “É uma arrogância sentir solidão num mundo de 6 bilhões de habitantes…

Nós, os precários mortais, sabemos, contudo, que não é bem assim. O Dalai está sendo treinado desde a infância, através complexos exercícios búdicos, não só a acolher a solidão, como a entender uma série de outros venenos que tornam o homem moderno este fantasma em busca de porto e lenitivo. Nem sempre facilmente encontráveis, convenhamos.

Ele mesmo, o iluminado “papa” dos budistas, revela em outro trecho do livro, que suas conquistas espirituais só foram alcançadas “após treino, vigilância e implacáveis esforços”. Não seríamos nós que, muita vez, atrapalhados e confusos, sequer suportamos a perda de nossos gatos e cachorros, que vamos, de uma hora para outra, posar de olímpicos campeões mentais a vencer nossos desassossegos.

A solidão, por exemplo, virou uma praga moderna. Dia desses, um amigo, pai de cinco filhos, casado há quinze anos, a casa invariavelmente cheia, me confessava, numa melancolia de causar dó, que não suportava mais a “solidão em família”… Indiquei-lhe de pronto o psicanalista João Perci Schiavon, como costumo fazer, com frequência, nesses casos.

Entendi, solidário a ele, que das solidões esta possivelmente seja a pior delas. Foi, um tempo, minha pena e meu martírio. Embora a casa materna, os pais, o irmão e a primarada, álacres e constantes, ardia na febre de um desamparo irremediável. Nesse tempo, nem dois tonéis de vodca aplacavam o sentimento odioso.

Quantos amigos, cercados de afetos e ruídos, lançaram-se à corda ou ao gás como último alívio? Não faz uma semana, um antigo vizinho, da casa da esquina, deixou esposa, filhos, netos e noras depois de intenso período depressivo. Preferiu o silêncio eterno, que até passarinho evita, a continuar morrendo em vida.

Curiosamente, embora reclamão e insatisfeito sempre, não posso dizer, sem mentir, que me sinto sozinho. Quando alguma coisa doida dentro mexe e a noite se enche do uivo dos cães do subúrbio, embora o ruidoso escândalo, ponho Janis Joplin, em bom volume. E rouca a voz acorda os anjos do céu em Cry, Baby. Ou o enormíssimo cronópio Armstrong em What a Wonderful World. O mundo de novo, vos garanto, se enche de graça. Quem for de experimentar, que experimente.

Wilson Bueno .


segunda-feira, 6 de dezembro de 2010


Achei na net.(livro muito bom)

Nome do livro:
Amar-te a ti nem sei se com caricias!


Sinopse:
Neste seu décimo livro, ganhador da Bolsa Viate de Literatura, Wilson Bueno apresenta a reescritura de um suposto manuscrito do século retrasado, de um certo Leocádio Prata, encontrado entre os escombros de uma aristocrática casa do bairro de Botafogo, no Rio de Janeiro. Nele, confidências, revelações inesperadas sucedem-se, encimadas por uma intrigante epígrafe de Machado de Assis. Redigido à moda do 'Memorial' de certo Conselheiro, numa escrita que recria falas e hábitos do Brasil do século XIX.


By: thaynara A. Silva

bolero's bar '

Sinopse

'Bolero's Bar', editado originalmente em 1986, conta com texto introdutório de Paulo Leminski, que diz - 'O Bueno, que é dono e freqüentador do Bolero's Bar, esse boteco sórdido e esplêndido, que abre quando pode e fecha quando não é mais possível'. 'Wilson Bueno '


Poor ' : Carool Santoos ' (:

Vídeo Wilson Bueno

Estamo fazendo um vídeo sobre um escritor e crônista Wilson Bueno,o vídeo está em andamento, estamos quase terminando, nós usamos um programa bom Sony-Vegas.
Nosso grupo está bem reunido,nós procuramos com dificuldade as imagens no google.Hoje dia 06/12/2010 nos reuniremos na casa do Matheus para terminar o vídeo.
O vídeo tem a duração de 2minutos , logo nós postaremos o vídeo no youtube ,logo logo estará tambem no blog, o vídeo está bem legal com efeitos ,som,etc.
O nosso vídeo fala sobre a vida de Wilson Bueno ,que ele não tinha filhos e nem mulher, ele era Homosexual.

Nosso grupo é : João Pedro , Matheus Henrique ,Miguel Henrique , João Henrique.

Wilson Bueno


Carreira

Iniciou sua carreira literária como escritor, no livro dos "contos blues" de Bolero's Bar (Criar Edições/1986). Em 1991, escreveu o Manual da Zoofilia, textos que refletem a mitopoética do amor erótico humano.

Lançou, no ano de 1992, Mar Paraguayo, publicado pela Editora Iluminuras, de São Paulo, com uma mistura das línguas portuguesa, guarani e espanhola. Autor do livro Meu Tio Roseno, a cavalo publicado pela Editora 34, que trata sobre a questão do latifúndio no Brasil.

O livro Os Chuvosos, teve a sua segunda edição realizada graficamente pela Editora Lumme, que disponibilizou o conteúdo na Internet, como livro virtualmente folheável. Em edição bilingue, Os Chuvosos foi publicado na Argentina por Heloisa Cartoneira.

Em 2000 ganhou a Bolsa Vitae de Literatura, pelo romance Amar te a ti nem sei se com carícias, publicado pela Editora Planeta.

Integrou o Medusario (México, Fondo de Cultura Económica), representando o Brasil, ao lado de Paulo Leminsky e Heraldo Campos.

Wilson Bueno morava em Curitiba desde a década de 1970 e foi encontrado morto, em sua casa, em 31 de maio de 2010, com perfurações de arma branca em seu pescoço.[1][2]

Trabalhos

Wilson Bueno era cronista do jornal O Estado do Paraná e da revista paranaense Idéias, bem como colaborava no caderno cultural do jornal O Estado de São Paulo, e na Internet prestava colaboração mensal para a revsita Tópico, do portal UOL.

Livros publicados

  • Bolero’s Bar (Curitiba: Criar Edições, 1986)
  • Manual de Zoofilia (Florianópolis, Noa Noa, 1991)
  • Ojos de água (Argentina: El Território, 1992)
  • Mar Paraguayo (São Paulo: Iluminuras, 1992)
  • Cristal (São Paulo: Siciliano, 1995)
  • Pequeno tratado de brinquedos (São Paulo: Iluminuras, 1996)
  • Medusario - Mostra de poesia latino americana (antologia, México: Fondo de Cultura Económica, 1996)
  • Os chuvosos (Curitiba: Tigre do Espelho, 1999)
  • Meu Tio Roseno, a cavalo (São Paulo: Editora 34, 2000)
  • Amar te a ti nem sei se com caricias (São Paulo: Editora Planeta, 2004)
  • Cachorros do Céu (São Paulo: Editora Planeta, 2005)
  • Diário Vagau (Curitiba, Travessa dos Editores, 2007)
  • Canoa Canoa (Argentina: Verbena Edicciones, 2007)
  • O Gato Peludo e o Rato-de-Sobretudo (Florianópolis: Katarina Kartonera, 2009)



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Em seu novo livro, o escritor Wilson Bueno monta algo que está muito próximo daquilo que se aponta como enigma

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O argentino Ricardo Piglia, em seu último livro publicado no Brasil, O Último Leitor (Cia. das Letras), trabalha com uma idéia discordante, a partir da correspondência entre Franz Kafka e Felice Bauer, para dizer de uma certa posição-Bartleby, mas feminina: a de uma leitora pura, copista, escrava, que enquanto copia aquilo que alguém escreveu se entrega ao texto de tal maneira que é incapaz de ler mal. Ele diz também que um bom leitor é aquele que "lê mal, distorce, percebe confusamente". Isto pode, de certa maneira, levar de volta a um problema intenso: o de que toda leitura é gesto, seria gesto, e que toda escritura é/seria gesto. Lembra ainda um conhecido texto de Walter Benjamin, quando Kafka completa dez anos de morte (publicado no Brasil pela Brasiliense), quando este diz que Kafka "priva os gestos humanos dos seus esteios tradicionais e os transforma em temas de reflexões intermináveis". E empurra sobre Kafka o que é quase inteiramente sabido por seus leitores, os que lêem mal: "Kafka não necessita de muita realidade, para ele um fragmento mínimo é o suficiente".

Este fragmento mínimo de realidade capturado por Kafka num gesto, muitas vezes se enviesava nas mãos de Felice Bauer, a noiva; a que lhe copiava as histórias que enviava por carta, a que lia mal os relatos das inúmeras e ininterruptas cartas de Franz entre 1912-1924, e tornava a captura mais intensa porque os relatos passavam a se vincular a ela, numa incorporação. Este é o ponto que Wilson Bueno, um de nossos melhores mal leitores, teima em distorcer, perceber confusamente, para construir o seu último livro: A Copista de Kafka, que acaba de sair pela editora Planeta. Neste livro Wilson monta algo que está muito próximo daquilo que se aponta como enigma, porque sabemos que o mais bacana do enigma é o que ele consegue ser, como tal: uma aparência de enigma. Agamben diz que "nada pode ser mais desesperador que constatar que o enigma não pode existir, mas somente a sua aparência". E diz também que "sempre se tem medo de uma só coisa: da verdade".


Esse é o jogo, o lance do jogo, destas narrativas de Wilson, el Bueno: tomar emprestado do mundo dos homens a sua tragédia (o real e a verdade), para dar a ela uma graça invejável através da invenção ficcional, dar a ela o seu fantasma, a sua sombra, a sua imagem dilacerada, dilacerante, outra, que provoca segredo e paixão, e morte. E para isso nada melhor que esta conjuração entre Franz e Felice. Quando a imagem que volta refletida não se impõe como odiosa, mas como provocadora de afecções intensas, desfeitas e ao mesmo tempo mitigadas, como no mito de Narciso: aquele que se apaixona por uma imagem refletida, e não por si mesmo ou por sua própria imagem, mas sim por sua sombra, por seu fantasma, por sua assombração.


A habilidade de Wilson Bueno mora aí, na provocação da surpresa através do enigma e do fantasma, e não apenas ao seu leitor, mas a si mesmo, ao seu gesto, como escritura. Não à toa Wilson insiste sempre em desafiar a sua própria narrativa, para que ela se veja também afetada por suas sombras, suas assombrações. Tome-se de pronto, por exemplo, o que conseguiu escavar nas narrativas mínimas do Manual de Zoofilia e de Jardim Zoológico, nas maneiras litúrgicas e empoladas de um começo de século XX desaprumado em Amar-te a ti nem sei se com carícias ou na vereda pantanosa dos idos de 1940, quando "tio Roseno, Rosemundo, Rosevaldo, montava o seu zaino brioso, procurando pela bugra Doroí", em Meu Tio Roseno, a Cavalo.


Em uma das narrativas de A Copista de Kafka, "O Dente", por exemplo, o narrador que é o próprio dente, termina dizendo: "dente humano que virou prótese, o que sou, mais branco que a neve, esta a qual, agora no espesso inverno, pesa tanto sobre o telhado que os da casa temem continuamente que ele ceda e nos soterre a todos — para sempre". Depois, nas brechas de "Uma Alegoria Doméstica", quando a história familiar se parte junto aos cacos de uma xícara que K, o filho, deixa cair, e o velho Hermann, o pai, parte ao meio o filho e lhe dá as costas para fazê-lo crer que ele deveria permanecer ali, imóvel na escada, com "as mãos apoiadas ao corrimão, as duas, muito juntas, para sempre". Ou ainda em "Andrômeda ou a Sombra", quando conta um homem que perdeu a sua sombra: "Sou a minha sombra e a sombra que se conforma no chão (quem me desmentirá?) é ou não é um ente novo, imparcial e vivo, a povoar este mundo e a desenhar-me, na parede, a silhueta de um corvo?".


Assim, este A Copista de Kafka é um livro que se elabora como uma montagem, uma outra montagem da história, para interrompê-la, através do enigma e o que ele nos impõe como desespero: que o que há no enigma é apenas a sua aparência. Por isso este é um livro de um muito mal leitor: o que incorpora e refaz o gesto para a construção de uma singularidade. Estas encantadoras narrativas de Wilson Bueno percorrem a fantasmagoria da história para reler as beiras do trágico, como bem fez Franz Kafka, e vociferar a estupidez de nossa mais estreita condição: existir.

[Publicado, originalmente, no jornal Diário do Nordeste, em 17/11/2007]

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O livro: Wilson Bueno. A Copista de Kafka. São Paulo: Editora Planeta, 2007.

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dezembro, 2007

Manoel Ricardo de Lima é professor de Literatura Portuguesa da UFSC. Autor de As mãos — The hands (tradução de Antonio Sergio Bessa)
e Falas inacabadas (com
Elida Tessler), entre outros.




By: Caarol Santos

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Achei isso na net!



"Cachorros do Céu" (sinopse)

A obra de estudo neste trabalho – Cachorros do Céu (2005), de Wilson Bueno –, embora se trate de uma reunião de fábulas, é passível de receber e teoria aqui exposta e explicada por Alfredo Bosi, funcionando como romance nos moldes desta hipótese de trabalho elaborada, sem prejuízo de compreensão, antes ao contrário, com eficácia. Destarte, acredita-se que pode (a obra) ser encaixada no segundo tipo exposto por Alfredo Bosi, os romances de tensão crítica. Nessa tendência, para recuperar o já dito, “O herói opõe-se e resiste ou não às pressões da natureza e do meio social, formule ou não em ideologias explícitas, o seu mal-estar permanente”. Em Cachorros do Céu, de Wilson Bueno, o herói, em primeiro lugar, não é apenas um, mas vários e tem uma faceta diferente a cada fábula... entretanto todos eles fazem vislumbrar ao leitor esta oposição e resistência (que às vezes cede) às pressões da natureza de que Alfredo Bosi fala, bem como ideologias formuladas que às vezes se explicitam, outras vezes não, mas sobretudo, e isto de forma mais explícita, há um mal-estar permanente, que paira por toda a atmosfera da narrativa. Mas para que isso possa ser verificado mais atentamente e de forma mais produtiva, clarificar-se-á algumas das 25 fábulas que compõem a obra, levantadas e escolhidas por ilustrarem esses elementos mais claramente. Estas 25 fábulas que compõem Cachorros do Céu são: “Dog, o Facínora”, “Artimanhas da Pressa”, “Ingrid, a Ruiva”, “O Ganso ou a Vida”, “Ernesto e a Metafísica”, “Lindolf, o Galo”, “Ave do Paraíso”, “Danação do Ser”, “A Rã Memorável”, “Rildo, o Rato”, “A Lebre e a Dúvida”, “Coisas da Vida”, “O Macaco Cantor”, “O Sapo e o Sonho”, “Lino, o Lhano”, “O Sapo Papudo”, “Lucy, querida”, “Dúbia Esperteza”, “A Lebre Apaixonada”, “O Lobo Sutil”, “O Ouro do Silêncio”, “O Peso do Ser”, “Dona Coruja Professora”, “Diálogos Terminais” e “Cachorros do Céu”. Para tratar dos elementos trazidos por Alfredo Bosi com sua tendência do romance de tensão crítica, escolheu-se as fábulas “Ernesto e a Metafísica”, “Danação do Ser”, “A Lebre e a Dúvida” e “O Peso do Ser”.


Por: Thaynara A. Silva



terça-feira, 23 de novembro de 2010

Convite ao Luiz Andrioli para nossa Mostra

Olá pessoal,

Coloco aqui a troca de E-mail que tive com o Luiz Andriolli sobre a possibilidade dele compararecer no nosso encerramento do projeto.

Vejam aí nossa "prosa":

Olá Luiz, tudo bem?

O projeto com os textos do Wilson Bueno está chegando ao final. Estamos no momento, colocando no Blog alguns textos dos alunos e fazendo algumas apresentações sobre os textos. Pensamos num momento de apresentar esses trabalhos na escola e gostaríamos de convidar você e o João Santana para estarem presentes neste dia. Seria muito honroso para nós, visto que seu vídeo na RICTV que nos levou a conhecer o Wilson Bueno e a difundir seus textos aos alunos.

Pensamos em fazer essa Apresentação no dia 13/12, segunda-feira, na parte da manhã. Estamos ainda trabalhando e produzindo...

Não uma coisa espetacular, mas é o que conseguimos fazer...

Desde já agradeço seu apoio.

Grata

Helena


Fico muito feliz com a finalização do seu projeto. Tenho certeza de que os alunos estão curtindo muito.

Obrigado pelo convite. Gostaria muito de participar. Como podemos fazer?

Abs

Luiz

Oi Luiz,

Nós estamos preparando cartazes, textos no Blog e a criançada agora adotou o Wilson Bueno como nosso escritor.

Estamos pensando em fazer uma Mostra, no Salão do Colégio. Com um Data Show para mostrar o Blog e textos espalhados do WB. Uma coisa simples, mas que a meninada agora começou a "vestir a camisa"...

Se você e o João pudessem vir, poderiam falar um pouco sobre o Wilson ou então sobre seu trabalho de cronista. Seria muito bom para os alunos !! Não sei se nosso projeto poderia te render uma reportagem, mas talvez algumas coisas para seu Blog...

Veja aí sua disponibilidade! Vou ligar para o João...

Bjs

Helena

Muito legal sua ideia. Acho que vai dar muito certo.

Seguinte, estou impossibilitado de ir aí nesta data. Mas o que acha de inovar? Vamos fazer uma twitcam dos alunos comigo? Eu entro no computador aqui em casa e bato um papo com eles por esta ferramenta do twitter. O que acha? Tem como viabilizar isso aí com sua turma? Por aqui, é tranquilo...

E aí? Vamos?

Luiz

E agora, 8ª C? Alguém entende bem o Twitter? O que respondemos ao Luiz?????


segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Wilson Bueno


Wilson Bueno, um escritor que nasceu em Jaguapitã no norte do Paraná, no ano de 1949. Wilson B. era considerado um dos mais importantes escritores brasileiros contemporâneos.
Só que depois de mutio tempo, nos exatos 61 anos depois Wilson Bueno é encontrado morto em sua casa no bairro de Tingui, na frente do computador. Quando encontraram o corpo de Wilson Bueno, ele estava em estado de rigidez total, indica que estava morto a mais de 12 horas.
Ainda segundo o perito, não havia sinais de arrombamento. O escritório estava todo revirado e havia ainda vários sacos de lixo vazios abertos espalhados pelo chão, o que leva a crer que objetos da casa seriam levados, mas por alguma razão, não foram retirados.
Para encerrar. A pessoa que matou Wilson Bueno apenas revelou o brilho de uma pessoa amada por muitos!


Por: Thaynara A. Silva





O lenhador - Wilson Bueno

Nosso grupo esta trabalhando com o texto O Lenhador, do Livro A Copista de Kafka de Wilson Bueno.
Nele fala sobre um velho homem que há anos sofre por causa de sua lepra e que sempre foi temente a Deus, mais depois de um tempo parece que Deus o deixa.
E acontece muitas coisas nessa história aterrorizante de WIlson Bueno.

Espero que gostem do nosso slide sobre O Lenhador que estará em breve aqui (;

Terminamos o slide do Lenhador *-*
Ta ai!





O video ficou otimo =D Só não conseguimos colocar som =\

Wilsoo Bueno: entre a perplexidade e o espanto

Um escritor ,um poeta, escreve para todos .semeia palavras ,conta historias,distribui particulas de suas sensibilidades que alcançam a alma de seus leitores.
Os escritores ,os poetas ,os artistas todos , deveriam ser homenageados com o retorno dessa distribuição de felicidade .Deveriam poder partir em paz,anjo que foram ou são em vida,antítese da maldade e da violência

http://cdeassis.wordpress.com/2010/06/01/a-morte-solitaria-de-wilson-bueno/


segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Mínima Alice por Wilson Bueno


Muitos dias depois de haver perguntado a Alice quem ela era e esta haver respondido que já não sabia mais a rigor quem era pois havia mudado muitas vezes desde que acordara aquela manhã, a Lagarta reencontrou nossa heroína. Tão reduzida em seu tamanho, que ela estava, vejam vocês!, firmando-se com dificuldade bem no vértice de um Ás de Copas, isto é, na ponta do coração vermelho no centro da carta do baralho.

Difícil manter-se ali, apesar de mínima. Mas tão mínima, que a olho nu, isto é, sem poderosas lentes, jamais seria vista. Nossa! Nossa! A nossa invisível Alice apoiava um dos fios de perna num lado do coração e outro no lado oposto de tal forma que desse modo conseguia se equilibrar, ainda que, muitas vezes, um dos mínimos pezinhos escorregasse e ela ficasse assim meio enviesada na ponta do coração do Ás de Copas. Trêmulas ambas as pernas – tanto a esquerda quanto a direita.

Será que exagerei na poção mágica que faz a gente diminuir encontrada atrás da poltrona da casa do Coelho?” – pensava Alice, incapaz sequer de pedir socorro, pois a voz era um arremedo de voz, certamente ainda mais fina que a do Mosquito e talvez inaudível mesmo, pois quanto mais pedia socorro, parece que menos a ouviam. A Rainha, caso ouvisse semelhante voz-zumbido, ou ainda mais baixo que um zumbido, mandaria cortar a cabeça de Alice, mesmo que ninguém pudesse lhe enxergar o pescoço. E era fiando-se nisso que Alice gritava e gritava e quanto mais escorregava, mais as pernas tremiam. E ela ainda mais pedia por socorro.

Até que teve a ideia de sentar-se, como quem monta a cavalo, no vértice do coração da carta. Coisa que ligeiro fez, mesmo porque suas perninhas-de-linha não suportariam o desconforto da posição anterior, mais um minuto, e os minutos ali pareciam ser ainda mais breves que os minutos da vida aqui fora.

Como poderei sair daqui? – pensou Alice – se agora, de pequena passei a invisível?”

Mas aí é que se deu a aparição da Lagarta. Imaginem vocês, com uns óculos de lentes tão fantásticas e potentes que sugeriam os óculos de um escafandro, desses que mergulham no fundo dos Oceanos para catar minúsculas pedrinhas destinadas à coleção de gemas raras do Museu Britânico.

E lá vinha ela, a Lagarta, sempre devagar, e sempre cansada, meio que se arrastando, e andou a carta toda até chegar bem próxima do coração do Ás de Copas. Meneou a cabeça muitas vezes e de repente soltou um “ah!” de espanto e perplexidade:

Não posso acreditar no que minhas lentes veem! ― exclamou a Lagarta extremamente surpresa. ― Você, Alice?! Mas como pode ter ficado menor que um cisco? Menor que um grão de poeira?

Pois é, Dona Lagarta, acho que abusei da poção mágica de diminuir gente que encontrei atrás da poltrona do Gato. Também estava tão docinha…

Sorte a sua, Alice! ― ralhou a Lagarta, num misto de impaciência e regozijo. ― Não tivesse emprestado esses óculos-lunetas dos irmãos Tledle, nunca sei se do Tledledee ou se do Tledledum, pois são tão parecidos, jamais a encontraria, menina! Jamais!

E por que essas lentes, Dona Lagarta? Só para me procurar? ― perguntou, chorosa, a mínima Alice, agora mais calma, mas ainda enganchada na ponta do coração do Ás de Copas e com muito medo de cair dali. Por mínima, dada a altura, o tombo seria imenso, ou mesmo fatal.

Claro que não, Alice! Nem sabia… Ando atrás de uma Pulga que roubou 500 libras do Unicórnio. E te confesso que de longe pensei que você fosse a própria Pulga Larápia.

Graças a Deus! ― benzeu-se Alice. E logo se corrigiu, pois com aquela expressão poderia parecer à Lagarta que estava aprovando o feio ato da Pulga. E logo este de roubar o Unicórnio, aquele animal tão gracioso que fizera um acordo com ela, Alice, aquele acordo que se ela acreditasse nele, ele passaria a acreditar nela e assim, um acreditando no outro, ambos passariam a se ver sob a mais veraz realidade.

Mas tudo indicou que a Lagarta entendeu de pronto o “Graças a Deus!” de Alice. E essa estava tão pálida e trêmula em sua minimez mais mínima, que só as lentes da Lagarta alcançavam perceber. Além disso, a Lagarta, sabemos, era muito compreensiva, ademais de generosa.

E foi então que Alice arriscou perguntar o que é que ela vira com tão poderosas lentes, até ali, na caçada atrás da Pulga Larápia:

Dona Lagarta o que a senhora já viu em sua caminhada? ― uma curiosa Alicimínima, com voz abaixo da linha do silêncio, enganchada na ponta do coração da carta, quis saber.

Nem te conto, Alice. Um exército de gérmens ainda há pouco vi subindo uma haste de capim. E incrível foi quando três grandes pulgões, estes visíveis sem as lentes, atacaram os gérmens. Uma guerra sangrenta, mas, quieta em meu canto, assisti à vitória dos pulgões. Parentes da Pulga Larápia, sem dúvida, mas não podemos incriminar alguém só porque guarda parentesco com quem não tem caráter, não é mesmo?

Sim, siiiimmmmmmmmmmmm ― zuniu Alicimínima, temerosa de ficar ainda menor e sumir até mesmo da visão das poderosas lentes da Lagarta.

Dona Lagarta, estou com medo… Medo de ficar ainda menor…

Se você ficar ainda menor, não há razão para medo ― corrigiu a Lagarta.

É mesmo ― entendeu logo nossa Alicimínima. ― Se eu for ficando menor, e menor, e menor ainda, aí eu desapareço e deixo de existir e eu não existindo não poderei ter medo, não é mesmo?

Justo, Alice. Justo ― aprovou a Lagarta. E você então ficaria tão mínima, mas tão mínima, que deixando de existir, não seria nem mais sequer Alice.

Mas será que eu não ficaria sendo, assim mesmo, uma Alicenada alicimínima, e continuaria com medo? Será que o que é nada não tem medo de nada ? De nadinha mesmo?

Dona Lagarta não respondeu mas foi logo acalmando Alice:

Olha, continua aí sentadinha no vértice do coração de Copas. Segura firmizíssima com as mãozinhas, como quem segura num balancim, para não cair, que eu vou ver se encontro a outra poção, a de crescer, que, sei, o Coelho guarda, bem escondida, em sua casa, numa velha cômoda…

Uma chorosinhinhha Alicimínimazinhainha assentiu com a invisivelzinha cabecinhinha que ali aguardaria a Lagarta.

Não demorou muito, retornou a Lagarta com o vidro de poção de crescer encontrado, bem escondido, dentro de uma gaveta da cômoda, na casa do Coelho. De pequeníssima bolsa retirou com a boca um conta-gotas tão microscópico que só os olhos-lunetas da Lagarta conseguiam enxergar. E, com um sopro, o pôs nas mãos da tiquititíssima Alice.

Abra sua bocazinhazinha Alicinha ― pediu Dona Lagarta. E, com extremo cuidado e paciência, como só as lagartas são capazes, com os óculos de poderosas lentes, que nunca foram tão úteis, ajudou Alice a pingar as partículas-gotículas da poção na linguazinhazinha de nossa Aliceminimazinha.

E esta foi de novo crescendo, crescendo, e quando chegou no tamanho suficiente para saltar da ponta do coração, ainda assim teve que se servir do micro conta-gotículas soprado da boca da Lagarta. Mas logo alcançou escorregar, por si própria, do Ás de Copas e aí, agora a gotículasículas medidas, continuou a aspirar boquita adentro a poção mágica. Desta feita com extremo cuidado. Poderia, quem sabe?, virar uma dessas gigantonas que vão por aí amassando com seus grandes pés casas, árvores e até afundando barcos em alto mar. Deus nos livre a falta de medida, conjeturou a ainda desmedida Alice.

Quando ficou bem maior que a Lagarta, percebeu que algo lhe subia pela perna. E não é que era a Pulga Larápia!!! Num movimento rápido e certeiro, como só Alice era capaz, grudou entre o polegar e o indicador a bandida, disposta a entregá-la, viva, à Lagarta. Esperneando muito, a Pulga Larápia, que além de larápia era muito ágil, ou por isso mesmo, escapou, contudo, de entre os dedos de Alice e sumiu na Floresta a gigantescos saltos, a foragida.

A Lagarta ficou olhando, olhando, e decidiu retirar os incômodos óculos de poderosas lentes. Aquela Pulga jamais ninguém encontraria ― concluiu.

Mas aí Alice já estava em seu tamanho quase normal e tomando a Lagarta com cuidado na palma da mão, para que não se cansasse no caminho, a levou até o Unicórnio. E junto ao Unicórnio testemunhou todo o ocorrido.


Segunda-feira, 31 de Maio de 2010 – 22:10 hs.

Disponivel em http://www.fabiocampana.com.br/2010/05/morreu-o-escritor-wilson-bueno-a-perda-e-incomensuravel-leia-sua-cronica-publicada-na-ultima-ideias/ - Acesso em julho 2010


Além da leitura do texto, mostrei o trailler do Filme Alice no País das Maravilhas aos alunos.

Destaquei a data da postagem desse texto (31/5), um dia antes do Autor ser encontrado morto.

Refletimos sobre o medo que Alice sentia...Propus que escrevessem sobre seus próprios medos e também levantassem hipótese sobre quais seriam os medos que o autor sentia.



Preparando atividades

A aula de hoje foi para os alunos buscarem imagens na Internet e prepararem uma Apresentação sobre o Wilson Bueno. Cada grupo devia buscar imagens relacionadas ao tema do texto que se propuseram a trabalhar. Estamos chegando ao final do projeto e logo os alunos postarão sua atividades aqui. Hoje também compartilhamos o Blog com os alunos e assim começaremos a visibilizar o resultado do projeto.

E assim vai...um pouquinho de cada vez, mas o importante é que estão se apropriando de outras ferramentas e fazendo uso dessas na produção de atividades!

domingo, 7 de novembro de 2010

Revista Ideias homenageia Wilson Bueno

Nosso escritor está sendo lido pelos alunos da 8ª série. Além do material enviado pelo irmão do Wilson, temos também a Web para busca e pesquisa.
Um dos material que nos foi enviado é a Revista Idéias, onde o Wilson contribuía com seus texto e no número 104,a equipe da revista fez uma bonita homenagem ao escritor.
Caso queiram acessar a Revista Idéias, clique aqui.

Boa leitura !

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Iniciando nossas publicações

Olá colegas,

Este espaço foi criado para que a turma da "8ª série C", do Colégio Monteiro Lobato possa colocar as Produções realizadas no Projeto Literatura e Tecnologia.

O projeto começou no final de agosto de 2010 e o grupo estudou e pesquisou sobre Crônicas e fez sua atividades nas páginas Wikis e o momento é a realização de um estudo sobre o escritor paranaense Wilson Bueno.

Foram criados vários grupos e cada um desses grupos colocará sua produção aqui.

Creio que esse espaço é interessante para que os alunos possam mostrar um pouco do que fazem nas aulas de língua Portuguesa.

O espaço está aberto para todos. Caso queiram interagir com o grupo, faça comentários ou envie um pediso para se tornar um membro do nosso Blog!

Bom trabalho a todos!

Professora Helena Batista